segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O tempo humano - O ser estranho

O tempo não para.

E não para mesmo...
E quando tudo parece que está caminhando, o meu inconsciente faz questão de entrar em ação e fazer uma bagunça comigo!

Depois de viver MUUUUITOS dias iguais, tenho a impressão de que meu ano foi um tanto quanto monótono. Mas sabe o que é mais estranho?! Na passagem de 2009 para 2010 eu já tinha a impressão de que o ano não seria assim, uma brastemp. Será que a gente pressente determinadas coisas?!
Minha irmã tinha certeza de que seria um ano incrível para ela... e com a graça de Deus foi mesmo! =)

Bom, de qualquer forma, o balanço de 2010 é positivo. Não aconteceu nada de ruim... mas também nada de muuuito bom.
O tempo não para. Mas o ser humano para. E para mesmo.

O que fazer para fugir disso?! Ainda não sei. O que sei é que o meu pressentimento para 2011 é que será um ano muito bom. Ano 11. Ano Mestre.

Já estou fazendo minha lista de desejos para o ano que vem.
E que assim seja!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Os olhos mais lindos que já vi....

Sabe quando você conhece uma pessoa tão querida e tão especial que parece que a conhece há anos?
Pois é...
Conheci uma pessoa (que já conhecia... mas sei que AGORA eu a conheço), que só de olhar para os olhos dela, que diga-se de passagem são os mais lindos que já vi, me dá forças!

Engraçado como a vida é... A gente já se conhecia desde o começo da faculdade, passamos a ser mais próximas há um tempo, e agora somos grandes amigas. Quando decidi sair da Instituição que trabalhava, tantas vezes citadas aqui nesse blog, queria indicar alguém para ficar no meu lugar, cuidar das "minhas" crianças... precisava ser alguém com vontade, mas acima de tudo, alguém que eu confiasse...
Quando parei pra pensar em quem poderia ser, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi aquele par de olhos verdes... que sempre me passaram tanta confiança, tanta firmeza...

E indiquei. E ela foi. E como já era esperado, não me decepcionou... superou minhas expectativas, e mesmo com o seu mundo virando de ponta cabeça, com milhões de problemas, ela estava lá, cuidando dos meus "filhos" como eu cuidaria!
Ela não está mais na sala que eu estava... foi transferida para uma outra unidade da instituição... bem mais punk... e está lá..cuidando exemplarmente dos filhos de outras pessoas, como se fossem dela...
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Querida Kika!
Quantos agradecimentos eu tenho pra te fazer!
Obrigada por ser a pessoa que você é... por ser aquela que só de mostrar-me os olhos me enche de energia!
Que bom ter te conhecido!

domingo, 7 de março de 2010

Dificuldades da Vida

A vida nos apresenta diversos caminhos... a escolha é nossa... seja influenciada pelo ambiente, pelo inconsciente, não importa. Temos uma escolha e devemos arcar com ela.

O fato de ser uma decisão, faz com que tenhamos muito claro que iremos ganhar alguma coisa e perder outra.
A grande dificuldade é conseguir enxergar o que ganhamos quando fizemos uma "escolha errada". Primeiro ponto: TUDO NA VIDA É APRENDIZADO, seja ele como for, acrescenta SEMPRE.

A vida tem me mostrado bastante obstáculos dos mais diversos níveis de "dificuldade", o contexto no qual estou inserida também mostra suas garras, e me desafia, dia após dia...

Segundo ponto: PARE DE ACHAR QUE O SEU PROBLEMA É O MAIOR DO MUNDO, mas também, não o menospreze, afinal de contas, essa é a única forma de você não aprender NADA com ele.

Aprenda a aprender com a vida!!! E esse é o meu desejo pessoal... também busco esse ideal um tanto quanto ilusório....

quinta-feira, 4 de março de 2010

Quanto tempo!

Há tempos não escrevo aqui. Talvez pelo fato de eu ter saído da Instituição na qual eu trabalhava...
Sim! Eu sai e não pensem que foi fácil. Não tem um dia sequer que não penso nas "minhas" crianças!
Arrumei outro desafio: Consultoria em RH.
Mas não vamos falar disso...
Fui visitar a Instituição que eu trabalhei, e sai com duas sensações tão distintas...
A alegria de encontrá-los e de ser reconhecida por alguns deles, é algo indescritível. Eles continuam lindos!
A tristeza de ver o quanto uma equipe bem entrosada pode fazer a diferença na vida deles. Uma grande amiga minha ficou na sala em que eu trabalhava (UFA), mas entraram três pessoas novas, totalmente desconectadas do mundo, e com uma frieza sem tamanho. Resultado: crianças regredindo. Que dor no peito.
Mais uma vez, conversando com essa amiga, fiquei sabendo que estavam dando suspensões para aquelas estagiárias que estivessem conversando com os pais. Onde esse mundo vai parar?
Quem conhece mais as crianças do que as próprias estagiárias que permanecem 100% do tempo com elas?
É tentar destruir uma relação que proporciona o maior dos estímulos para ambos as partes: a força para lutar!!!
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A clareza e a sinceridade são fundamentais nessa hora, Amiga. Que os pais saibam que é um problema institucional e não pessoal... e que eles possam contar contigo de outra forma! A sua dedicação tem sido extraordinária, e te agradeço por isso! Mas não esqueça de cuidar de você!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A festa...

Semana passada, tivemos uma festa junina no meu local de trabalho.
Tudo um pouco confuso, afinal, a festa só ocorreu por vontade e luta da coordenação...se dependesse da instituição não teríamos.
Vamos lá! Colaboração de todos. Alguns levaram pratos salgados, outros doces, outros refrigerante.
A festa estava montada!
Nas duas semanas que antecederam a festa, ensaiamos a quadrilha com as crianças. Não preciso nem dizer: confusão e diversão!
Em um primeiro momento, brincamos com as crianças em barracas montadas com direito a prenda e tudo mais! Depois fomos para outro salão onde os pais aguardavam ansiosamente a chegada de seus filhos.
A música rolando, nós entrando, pais chorando.
A felicidade que essa dança causou nos parentes é algo indiscritível. É um momento diferente para eles... verem seus filhos dançando, vestidos de caipiras.. nesse instante tudo é esquecido, o sorriso toma conta e a impolgação vêm! Próxima quadrilha: Pais e filhos!
Ah! Que coisa mais linda!

Todos sorriam, comiam, bebiam. É Festa Junina, salve São João!

domingo, 31 de maio de 2009

Como devemos agir?

Todos os dias me pergunto como devo agir a determinadas imposições institucionais.
Como disse em outro post, a expectativa das mães das crianças excepcionais com quem trabalho, são claras e evidentes. Mas, existe uma regra: Não fale com os pais. Porquê? Não sei dizer, nem nunca tentaram me explicar. O que fazer nessa hora? Burlar as normas e atender uma necessidade psicológica dos pais, ou agir confome foi institucionado? 
Prefiro a primeira opção. 
Não consigo me imaginar deixando de lado algo tão relevante e emergente.
Muitas vezes, uma boa conversa entre estagiários e pais pode resultar numa melhora crescente da criança. Faltam informações a essas pessoas que muitas vezes não sabem como agir. Tento ser direta e cuidadosa quando falo.
E a lição é que NUNCA devemos falar o que não sabemos. Mas quando o saber está dentro de nós, e pode causar um bem estar e uma progressiva melhora na relação e no desenvolvimento da criança, porque não?

domingo, 26 de abril de 2009

Intensidade e insanidade.

" Ah!!!! Não acredito" - diz ela.
Pergunto-lhe : " o que aconteceu?"
" Aquele muleque!!! Cortou uma mecha do meu cabelo!!! Ninguém põe limite nessas crianças."

É duro. Até onde temos controle sobre uma criança especial? Até onde podemos culpar as famílias dessas crianças, por falta de limites?
A dor de passar pelo que essas mães passam é algo inimaginável. Quando recebem o diagnóstico, perdem o chão, abrem mão de suas vidas pessoais, sociais e muitas vezes conjugais. É uma responsabilidade que vão, literalmente, ter até o seu último suspiro. Como julgar alguém que passa por tudo isso?
É preciso pensar na saúde mental dos cuidadores de crianças especiais. Não só os profissionais que lidam com eles todos os dias, e os auxiliam a aprender e evoluir, mas também (e principalmente) a família dessas crianças que se sentem em total desamparo. 
Quando a condição financeira está presente, é com certeza um agente facilitador. Quando não, as vezes a situação se complica mais ainda, pois a falta de informação correta dificulta que todo o processo seja elaborado. 
Como diria Winnicott, é necessário ter um ambiente facilitador para que tudo se dê da melhor forma possível.

E qual é a função do psicólogo nisso tudo? É necessário manter-se atento e informado para conseguir acompanhar os avanços da ciência. É necessário entender o contexto aonde essa criança está inserida.
Escutar é tão importante quanto intervir.